História de Um Casamento: 19 de maio.
- João Paulo Rodrigues
- 24 de abr.
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Atualizado: há 24 minutos
Após um breve sopro de esperança, restou o vazio.
Como se transforma um olhar de amor em gesto de amigo?
Que resposta encontrarei, se a esperança, em mim, vacila como vela ao vento?
Às vezes, sinto que ela desfalece,
lentamente,
silenciosamente.
Não sei o que fazer. Nem o que dizer.
Nossos dias se tornam enigmas.
Preciso aceitar: talvez seja o fim.
Mas quem serei eu, então?
Um homem de pedra, negando tudo em que acredita?
Seria mais fácil, talvez... Ser assim.
Confusão.
Nem sei onde começa minha dor.
As últimas semanas moldaram um novo destino – estranho, sombrio.
Sinto tudo escorrer por entre os dedos:
a paz,
os sonhos,
o leito onde repousava.
Em tão poucos meses, o que era luz virou labirinto.
Um emaranhado de sentimentos sem mapa, sem saída.
O tempo passa... e eu?
Nem sei se me importo.
É sobre perdas.
Perder teu riso,
teu abraço,
teu afeto.
E dói.
"Deixar acontecer" não me veste.
Não combina com meus ossos.
Será castigo pelos erros que cometi?
Uma mente em ruínas arrasta o corpo para o abismo.
E é nela que me reconheço, em fragmentos.
Torcendo, em silêncio,
para que os dias findem,
para que a dúvida cesse,
para que você encontre seu caminho
e fique bem.
Até lá,
dor.
Que o tempo nos ajude e nos ilumine.
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