Vento frio, sozinho lamento. As luzes da noite iluminam um banco vazio. Olho pro lado e vejo o silêncio.
O rádio está ligado mas ainda há silêncio. Como se nenhum som importasse. Como se meu olhar projetasse alguma forma com teus traços. Como se eu ouvisse você prender o que sinto.
O caminho é curto. O tempo é longo. A distância nem meço. Que diferença faz contar a distância entre meu sorriso e teu cheiro? Da confiança em cantar. De contar nos dedos as estações…
Luzes vermelhas, um chapéu vermelho. Um sinal verde, a luz da esperança. E mesmo devagar entre essas linhas que não nos costuram, eu torço por mais um dia. Pra que sua presença pare o tempo. Pra que o tempo nos pare nesse engarrafamento. E em nenhum momento reclamar. Já que a tua presença torna agradáveis todos os barulhos desse trajeto.
E no final de tudo poder receber um beijo. Um abraço sem jeito, ou uma despedida sorrindo. Te esperar entrar em casa te observando. Obedecendo todos os teus procedimentos. Mesmo que o meu maior desejo seja um pouco mais dos teus preciosos segundos.
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