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Autor. Compositor.

Amante das artes e das artes dos amantes.

Sonhador incansável. Pensador constante.

Admirador do encanto dos encontros.

Criador e criatura de universos.

Contador de amores e sonhos.

Um ser que não consegue ser sucinto.

Assinatura João Paulo Rodrigues
Foto de João Paulo Rodrigues

Eu, ele, nós...

Só era medo, um tal João que tinha em seu nome dois dos amigos de Cristo. Era o que diziam quando ele se entendeu.

Nunca deixou pra trás os sentimentos que sentia e era uma maldição que parecia, por não ser tão simples assim esquecer.

Sua escrita era sua amiga. Suas palavras eram seu abrigo. Nos amigos encontrou a essência que ao longo do tempo desenvolveu.

Amante da música, das artes, dos amores. A sua curiosidade era parte do que aprendeu a ser.

Extremamente pensante, demorou para agir no que garotos na sua idade já tinham como ação. Encantava pela educação e seu carisma era parte disso. Mas, entender que era desse jeito o fez muitas vezes duvidar do que importava, o fez duvidar se o que importava vinha do coração.

 

Escondia as suas poesias com medo do que poderiam interpretar. Não era popular ser romântico, ser romântico nunca foi sinônimo de ser popular. Naquela época era isso que contava. Junto com a beleza e o jeito de agir. Não se arrepende de ter ocultado esse lado, mas fica curioso em pensar o que poderia ter sido.

 

Se achava engraçado, fazendo com que isso o aproximasse de quem admirava o humor de um pequeno jovem com idade dos maiores. Com a inteligência dos fortes e atos de um covarde. Sua timidez não o deixava superar isso.

 

Entender o que tinha dentro de si demorou. Mostrar o que realmente era demorou. Já na maioridade floresceu o desejo de dizer: Sim, o autor sou eu! Foram de mim que saíram coisas tão belas.

Ele sabia que era belo porque encantava quando ocultava o nome das mãos que criaram aqueles versos.

 

Foi amadurecendo, se apaixonando, amando e aprendendo a viver na luz do que era. Desde cedo sabia que era diferente dos demais. Mesmo quando olhou pra trás e viu os seres que passaram em seu passado, conquistando com palavras belas apenas para ter a conquista. Sem ser feliz por ter prendido um coração. Era só o corpo e nada mais. Só que ele não era assim, ele queria mais.

 

Quando aprendeu a utilizar suas frases para conquistar soube que o que permanece é o que lhe fazia bem. Deu seu amor sincero diversas vezes até entender que o sincero do outro também tem de existir. E dizer isso parece que sofreu demais. Ele não acha que foi demais. Foi feliz até demais. Até ser o que lhe faz bem quando se olha no espelho. Seu coração não é sobre os outros; é sobre o que acredita ser o certo.

 

A vida não é só feita de acertos. Errou bastante. Até mesmo com que dizia amar e por quem sentia amor. Aprendeu a lidar com as despedidas. Sua maldição de não esquecer o fez sofrer por muito tempo com coisas tão pequenas que muitas vezes eram banais. Isso não fazia parte dele. Ele sentia. Só sentia. E agia como quem sente tudo. Sofrendo. Amando. Se renovando.

 

Aprendeu a ser ouvinte. Adquiriu conhecimentos diversos. Quis viver. Viu a vida.

 

Ao ficar mais velho foi se importando menos com o que os outros poderiam pensar sobre o que era. Se sentia belo por ser inteligente e por poder atrair pessoas para o seu círculo. Era lindo ver as pessoas dizendo que o amavam. Era lindo ver as pessoas dizendo o quanto o admiravam. Era feliz pela beleza de sua mente.

 

Não negava nem nega o olhar quando o corpo todo sente. Não esconde sentimento nem palavras que vêm do seu coração. Ele sabe que seu coração é sincero e se orgulha em dizer sempre o que sente. Às vezes se citando no passado ou no presente.

 

Ama as diferenças, as liberdades, as cores, as mentes. Ama as flores. Ama os abraços, os laços, os pequenos gestos, os povos, as lentes. Ama os olhos que enxergam o mundo diferente. Ama o futuro e sabe que coisas boas o esperam. Nunca deixou de acreditar nos sonhos e no que pode ser. Sabe que quando um sonho morre, pouco a pouco o corpo morre também. Mantém essa chama acesa mesmo em dias de escuridão.

 

Ele sabe o que é., sabe o que pode ser. Sabe o que tem, sabe o que pode conquistar. Sabe o que pode proporcionar. Ele sabe que tem o poder de emocionar.

A emoção é parte essencial da sua caminhada. Sem guardar rancor ou raiva. Olha para as pessoas e deseja que sejam melhores. Não que sejam iguais. Que sejam mais.

 

E nas palavras ele deposita o que acredita. No seu grito ele deposita o seu coração. Nas palavras, nos atos, nos gestos, nos jeitos, nos beijos, nos amores, ele afirma o que é, ele afirma quem sou, e tudo sou eu, João.

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